Chapada: Glitch sonoro das imagens da natureza

Chapada: Glitch sonoro das imagens da natureza é o resultado de experimentações do ruído sonoro em imagens fotográficas. O projeto surgiu a partir de um convite do Atelier Coletivo VISIO para participar da intervenção artística NOIS(E) INVADE. Experimentações visuais e sonoras.

Resolvi juntar duas coisas que me incitam quanto a ruído: o ruído eletrônico e digital do computador e o “não-ruído” da natureza. Portanto, selecionei fotos da Chapada Diamantina, de minha experimentação da natureza, desta noção fictícia de “não-ruído”, de estar imersa neste meio tangível e sensorial. E, trabalhei estas imagens com ruídos sonoros. Utilizei a versão crua (raw) dos dados da foto e em um programa de edição de som (Audacity) trabalhei como os dados visuais como se fossem dados sonoros. Apliquei neles efeitos como: echo, repeat, phser, pitch, invert, speed, profile, noise removal, amplify, reserse, equalizer, levenller, click removal, BassBoost e normalize. Logo, reexportei as dado crus (raw) e abri num software de edição de imagem (Gimp ou Preview, algumas só abriam no Gimp, outras somente no Preview). O resultado foram fotos “estragadas” com este ruído sonoro, criando esta estética do ruído nas imagens.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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NOIS(E) INVADE. Experimentações visuais e sonoras.

“A convite da Casa 12, espaço anexo ao Theatro XVIII, o Atelier Coletivo VISIO. realizará no próximo dia 16/03 uma intervenção artística temática com ênfase na estética do ‘ruído’.

Objetivando a desassociação do significado original deste termo como ‘sinal indesejado’, artistas do audiovisual, designers, ilustradores, fotógrafos e músicos experimentais formam o núcleo que invadirá os andares do casarão situado no Pelourinho para apresentação de obras diversas das 17 às 21h com entrada franca.

A partir de experiências diárias percebemos ruídos das vibrações ambientais cuja origem pode ser natural como ondas do oceano, vento, e também dos antrópicas (tráfego, máquinas, sons urbanos). Vale ressaltar que tais vibrações podem ser perturbadoras para algumas pessoas e estimulantes para outras.

O ruído é comumente associado ao som porém também está presente nas imagens. No formato eletrônico é detectado através dos sensores que criam o ruído visual. Esta é apenas uma das referências assim como o processual que é usado para criar aparência natural de variação em imagens geradas por computador. Inventado por Ken Perlin em 1980 tem sido usado em aplicações gráficas para gerar texturas, formas, terrenos, e outras referências aparentemente orgânicas.

No áudio, é composto por vários gêneros sonoros que empregaram o ruído como um recurso musical. Ele inclui uma ampla variedade de estilos baseados em práticas criativas podendo caracterizar-se acusticamente ou eletronicamente sendo gerado por instrumentos tradicionais ou não convencionais. Pode ainda incorporar sons da máquina ao vivo, elementos processados, técnicas vocais manipuladas, gravações aleatórias e com utilização de distorção, feedback, etc. Também pode haver ênfase em níveis de volume elevados e longos contendo aspectos como improvisação, técnica estendida, cacofonia e indeterminação, e em muitos casos o uso convencional de melodia, harmonia, ritmo e pulso é muitas vezes dispensados.” (http://noiseinvade.blogspot.com.br/)

Evento: NOIS[E] INVADE
Data: 16 de março de 2013
Horário: 17 às 21h
Acesso: Gratuito
Local: Casa 12, Pelourinho
Realização: Atelier Coletivo VISIO.
Apoio: Theatro XVIII

 

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