Aproveitando que tinha uma viagem a Hong Kong para participar de um congresso de sistemas virtuais e multimídia, fui antes para ter uma semana de pesquisa em Tóquio. A cidade é um must para estudos de cultura digital. Comecei visitando alguns museus de arte como o Mori Art Museum onde a exposição principal era “Lee Mingwei and His Relations: The Art of Participation – Seeing, Conversing, Gift-Giving, Writing, Dining and Getting Connected to the World”. Uma coletânea dos últimos 20 anos de trabalho voltado para arte colaborativa.
Outro museu que visitei foi o MOT – Museum of Contemporary Art Tokyo. A exposição temporária era “Seeking New Genealogies: Bodies / Leaps / Traces”, sobre arte, corpo e dança. Grande parte do trabalho exposto era de artistas internacionais. A arte contemporânea japonesa e asiática em geral é melhor retratada na exposição permanente.
O museu que está melhor relacionado com o tema de minha pesquisa é o NTT InterCommunication Center. Aqui, a exposição principal era Open Space, onde figuravam obras clássicas do cenário da arte eletrônica internacional como “The Legible City” de Jeffrey Shaw e “Juggler” de Gregory Barsamian.. Também, apresentava jovens artistas japoneses como Akihiko Taniguchi e Jio Shimizu.
Outra parte importante da visita a Tóquio foi a entrevista ao artista Tetsu Kondo. Tetsu é artista, designer, programador, escritor, educador. Seu trabalho em media art está voltado para inquietações pessoais e bem sujetivas. Conversamos sobre o processo de criação do código na sua obra, que é o foco de minha pesquisa este ano no exterior.
A semana terminou com a visita ao Ishikawa Watanabe Laboratory, na Tokyo University. Alvaro Cassinelli http://www.k2.t.u-tokyo.ac.jp/members/alvaro/works/index.html mostrou um pouco do seu trabalho com lasers, robótica e media art. Contou da dinâmica da universidade, laboratório e seu objetivo de desenvolver mais trabalhos artísticos dentro do Departamento de Computação. Foi uma ótima oportunidade para eu conhecer uma universidade em Tóquio, ver as demonstrações dos protótipos deles e pensarmos em futuras colaborações com a UFBA.
